No último dia 05 de dezembro, em Dourados, Mato Grosso do Sul, indígenas da etnia Guarani-Kaiowá protestavam pacificamente por acesso à água potável, um direito humano fundamental. A manifestação foi recebida com violência policial, resultando em feridos, prisões e na morte de um menino de 12 anos. Esse episódio destaca a contínua marginalização dos povos indígenas no Brasil e a negação de seus direitos básicos. Os Guarani-Kaiowá são um dos maiores grupos indígenas do país, com uma população significativa no Mato Grosso do Sul. Historicamente, enfrentam desafios relacionados à demarcação de terras e à preservação de seus modos de vida tradicionais . A falta de acesso à água potável nas aldeias Bororó e Jaguapiru, em Dourados, é uma questão antiga, agravada durante períodos de seca.
Além de serem vítimas de violações de direitos, os povos indígenas desempenham um papel vital na sustentabilidade ambiental. Suas práticas tradicionais de manejo da terra contribuem para a conservação da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas. Estudos indicam que áreas sob gestão indígena apresentam menores taxas de desmatamento e maior preservação de recursos naturais. A repressão aos Guarani-Kaiowá em Dourados não é um caso isolado.
Conflitos semelhantes ocorrem em diversas regiões, evidenciando a necessidade de políticas públicas que garantam os direitos territoriais e culturais dos povos indígenas. Respeitar esses direitos é essencial não apenas para a justiça social, mas também para a sustentabilidade ambiental do país.
É imperativo que a sociedade brasileira reconheça e valorize a importância dos povos indígenas na construção de um futuro sustentável. Garantir seus direitos e promover sua inclusão são passos fundamentais para a preservação do meio ambiente e a promoção da justiça social.